Compressa Quente ou Fria?
Assim que o corpo sofre um trauma, como uma batida ou uma lesão, não demora muito para a dor, a vermelhidão e o inchaço aparecerem. Em casos corriqueiros como esses, a ajuda de um especialista é frequentemente substituída pela velha receita caseira: compressa de água quente ou fria. O problema é que nem sempre sabemos qual das duas é a ideal para o problema em questão. Embora ambas sejam excelentes analgésicos locais, fazer a escolha certa aumenta a eficácia do tratamento.
Compressa Quente
Aquecimento estimula a circulação e relaxa a musculatura
A compressa quente faz os vasos sangüíneos dilatarem, aumentando o fluxo de sangue na região tratada. Isso ajuda a conter o processo inflamatório. Se houver formação de hematoma ou edema (inchaço provocado pelo líquido extravasado), o calor amolece o líquido que vazou dos vasos e se acumulou em torno da região afetada. Isso auxilia na reabsorção do líquido pelo organismo.
Recomendações
O calor é indicado nos casos em que a pessoa sente dor mas não apresenta inchaço. Um exemplo é o começo de uma dor de dente, quando a inflamação ainda não se agravou, mas o sofrimento já é considerável. O mesmo vale para casos de reumatismo e tendinite. Dependendo da área em que for aplicado, o calor pode tanto melhorar a respiração quanto diminuir a secreção ácida do intestino, aliviando dores renais e estimulando a produção de urina. Compressas quentes também ajudam a combater as cólicas menstruais, devido ao relaxamento muscular na região do ventre.
Compressa Fria
Além de anestésico, o frio contrai os vasos sangüíneos, diminuindo inchaços
1 - Traumas provocados por quedas ou pancadas costumam romper os vasos dos sistemas sangüíneo e linfático. O vazamento desses dois líquidos - o sangue e a linfa - é responsável pelos inchaços (edemas e hematomas) que aparecem após a lesão
2 - Se logo após o trauma for aplicado gelo, os vasos se contraem, fazendo com que o fluxo do vazamento seja bem menor e, em conseqüência, o inchaço e o hematoma se reduzam também. Além disso, se a pele for resfriada a 12ºC ou 13ºC, os receptores de dor param de funcionar - daí o efeito anestésico do gelo.
Recomendações
Apesar de o frio reduzir tanto a dor quanto inchaços como edemas e hematomas, ele pode fazer mal a peles muito sensíveis. Por isso, não é aconselhável usar o gelo por mais de 12 minutos ininterruptos. Entre uma aplicação e outra deve-se fazer um intervalo de, pelo menos, dez minutos. Além disso, é oportuno evitar o gelo em feridas abertas e queimaduras (caso em que é melhor usar a água fria como anestesia). O frio também pode ser usado por atletas e ginastas na prevenção de cãibras e no tratamento de tensão e fadiga.
Contraste
Alternância de quente e frio equivale a uma massagem
Existem casos em que a melhor pedida não é adotar extremos de temperatura isolados e sim a combinação de ambos. A terapia chamada contraste usa a aplicação alternada de compressas frias e quentes para contrair e dilatar seguidamente os vasos sangüíneos, aumentando a circulação no local afetado. A técnica é especialmente indicada para infecções, distensões, inflamações e dores de cabeça causadas por tensão nervosa ou muscular.
Nunca esqueça de perguntar para seu quiropraxista ou médico qual é o melhor procedimento para seu caso. Na duvida marque sua consulta e explicaremos melhor.
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